A Nintendo está intensificando bloqueios contra engenharia reversa e mira segurança do Switch 2 para proteger o Nintendo Switch 2 contra pirataria e engenharia reversa, iniciando uma nova rodada de ações legais e agora contra ferramentas amplamente utilizadas no desenvolvimento de emuladores e softwares não autorizados para o console.
No ultima semana a empresa emitiu notificações DMCA visando repositórios da ferramenta LibHac, uma biblioteca essencial para o desenvolvimento de projetos ligados ao sistema do Nintendo Switch original. Essa iniciativa ocorre em meio à aproximação do lançamento do Switch 2, previsto para junho, e levanta diversas teorias sobre os verdadeiros motivos por trás dessas ações.
E no ultimo dia 19/05 o DMCA se concretizou, a ferramenta LibHac juntamente com todos os seus fork foram apagados do repositório, mas com certeza os usuários (dev´s) devem ter backup´s em suas maquinas.
Nintendo mira ferramentas como o LibHac
Entre as ferramentas afetadas está o LibHac, um projeto de código aberto usado para leitura e edição de arquivos como NCA e XCI, fundamentais para o funcionamento e análise do sistema do Switch. O LibHac também é parte da base usada por emuladores como o Ryujinx, que utilizam engenharia reversa para recriar funções do sistema operacional do Switch — o Horizon OS.
Segundo a Nintendo, a existência dessas ferramentas viola seus direitos autorais ao utilizar, sem autorização, chaves de criptografia do console, além de supostamente contornar mecanismos de proteção. Embora os repositórios tenham sido derrubados do GitHub, a comunidade já movimenta alternativas para manter o acesso a esses recursos.
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Nintendo Switch 2: um novo alvo para a pirataria?
A movimentação da Nintendo indica um claro foco em blindar o Switch 2 antes mesmo de seu lançamento, essa medita pode até mesmo ser considerada como desespero da Nintendo. A própria empresa reconhece que o Switch original já está completamente comprometido em termos de segurança — praticamente todas as brechas já foram exploradas e não há como reverter o avanço da pirataria nele.
O timing das ações levanta suspeitas: por que a empresa está tomando medidas contra ferramentas de 2018 só agora, prestes a lançar um novo console? A resposta pode estar no fato de que o Switch 2 deve compartilhar parte de sua base de firmware com o console anterior.
Firmware semelhante ao do Switch original
Em um vídeo divulgado recentemente, foi possível ver que o firmware do Nintendo Switch 2 carrega a versão 20.1.0 — uma iteração acima da versão pública atual do Switch original (20.0.1). Isso sugere que a Nintendo pode estar reutilizando o mesmo sistema base com atualizações incrementais, o que reforça o risco de vulnerabilidades herdadas.
Por isso, a empresa estaria tentando fechar qualquer brecha antes que essas ferramentas facilitem o desbloqueio precoce do novo console.

Nada de consoles antecipados para a mídia especializada
Outro indício do reforço na segurança do Switch 2 está na decisão da Nintendo de não enviar unidades antecipadas para a imprensa especializada. A justificativa oficial é que o console receberá um grande patch no Day One, que só estará disponível no lançamento oficial, em 5 de junho.
Esse tipo de atualização de última hora não é novidade — o mesmo aconteceu com o Wii U e o próprio Switch — mas, considerando o contexto, pode estar ligado à tentativa de dificultar a engenharia reversa antes do lançamento.
Conclusão: prevenção tardia ou estratégia para o futuro?
As ações da Nintendo contra emuladores e ferramentas de engenharia reversa ocorrem há anos, mas ganharam força apenas agora, às vésperas do lançamento do Switch 2. Para muitos, isso mostra que o verdadeiro objetivo não é proteger o Switch original — cujo “estrago” já foi feito —, mas sim evitar que a história se repita com o novo console.
A guerra entre a Nintendo e a cena de homebrew e emulação parece estar longe do fim. A corrida entre desenvolvedores independentes e os advogados da Big N continua, mas a mensagem da empresa está clara: o Switch 2 será protegido a todo custo.