O aumento no preço dos jogos para US$ 80 tem gerado polêmica entre jogadores em todo o mundo e principalmente no Brasil, isso por que os brasileiros tem uma moeda muito fraca com um pesimo poder de compra, além da inflação está prejuticando ainda mais a situação. Então para a maioria dos consumidores, o valor está alto demais, não apenas no brasil mas em todos os países, especialmente diante dos constantes aumentos de outros custos da vida cotidiana. No entanto, segundo Shuhei Yoshida, ex-chefe da PlayStation, essa quantia pode ser considerada “uma verdadeira pechincha, dependendo do que o jogo oferece”, essa fala pode parecer uma piada de mau gosto, mas não foi.
Durante uma entrevista ao canal Critical Hits Games, Yoshida defendeu o novo modelo de precificação adotado por grandes empresas como Nintendo, Xbox e Sony, e afirmou que os jogadores devem analisar melhor o custo-benefício antes de reclamar dos preços.
Por que os jogos estão mais caros?
De acordo com Yoshida, o aumento nos preços era apenas uma questão de tempo. Ele argumenta que muitos produtos de consumo, como comida e entretenimento, passaram por reajustes significativos nos últimos anos, e os videogames não poderiam ficar de fora.
Nos anos 1990, por exemplo, muitos lançamentos custavam cerca de US$ 60, valor que hoje equivale a US$ 80, se ajustado pela inflação. Assim, o novo preço não representa necessariamente um aumento abusivo, mas sim uma atualização natural do mercado, mas ele esqueceu que nesse mesmo periodo ocorreu o Crash dos Videogames justamente por causa dos aumentos dos valores. Sem dizer que essa ideia cai por terra quando vemos estudios indies como a Sandfall Interactive criadora do Clair Obscur Expedition 33 criando um jogo extremamente bom, com um custo de produção baixo e um valor final para o consumidor também baixo sendo acessivel para todos.
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Valor percebido: mais do que apenas preço
Shuhei Yoshida acredita que o valor de um jogo não está apenas no seu preço, mas na quantidade de entretenimento e na qualidade da experiência que ele entrega. Segundo ele:
“Um jogo realmente excelente que custa US$ 70 ou US$ 80 é uma pechincha em termos de horas de diversão que proporciona, especialmente quando comparado a outras formas de entretenimento.”
Essa lógica reforça a ideia de que nem todos os títulos terão o mesmo valor. Algumas empresas, como a 2K Games, decidiram lançar títulos por US$ 50, como no caso de Mafia: The Old Country, com o objetivo de alcançar uma base maior de jogadores. Já a Nintendo afirmou que o preço de US$ 80 para Mario Kart World é justo, considerando o que o jogo oferece, e ela não tá errada, visto que seus consumidores compram qualquer coisa que ela lançar, mesmo não valendo o que realmente vale.
Um modelo flexível que veio para ficar
Yoshida também destacou que a variação de preços nos jogos sempre existiu e continuará existindo. Cada estúdio e distribuidora tem liberdade para precificar seus produtos de acordo com a experiência entregue. Com isso, títulos de menor escopo continuarão sendo lançados com preços mais acessíveis, enquanto superproduções poderão ultrapassar a marca dos US$ 70.
Além da Nintendo, a Microsoft também anunciou que cobrará US$ 80 por alguns jogos do Xbox ainda este ano. Por outro lado, a Electronic Arts garantiu que não pretende adotar esse valor, pelo menos por enquanto.
Conclusão
O aumento no preço dos jogos reflete uma tendência do mercado, influenciada por inflação, custo de produção e expectativas dos jogadores. Embora a quantia possa parecer alta à primeira vista, especialistas como Shuhei Yoshida defendem que, em muitos casos, o valor é plenamente justificável.
A grande questão está em como os estúdios entregarão essa promessa de qualidade. Se os jogos realmente corresponderem ao preço que cobram, é possível que a ideia de “jogos de US$ 80” agora possa ser o novo padrão da industria, resta sabermos se estamos caminhando para outroCrash dos Videogames ou simplesmente é uma nova era para os videogames.