A Nintendo iniciou uma nova onda de bloqueios de consoles envolvendo o banimento no Switch 2, afetando jogadores que utilizam o cartucho MIG Flash — um acessório conhecido por permitir a execução de backups digitais de jogos do Nintendo Switch original. Mesmo em casos onde os usuários utilizaram apenas cópias legítimas de seus próprios jogos, o console foi penalizado, perdendo o acesso aos serviços online da empresa.
A notícia rapidamente ganhou força nas redes sociais e fóruns especializados, como Reddit e X (antigo Twitter), e levanta preocupações entre os donos do novo console, lançado oficialmente em junho de 2025.
My Switch 2 test has been banned, after using the mig switch with perfectly legal dumps of my own cartridges, so it would seem that Nintendo can detect something
— SwitchTools (@SwitchTools) June 16, 2025
Similar reports on reddit are starting to come in.https://t.co/nbPMlRWSaPhttps://t.co/3eq6dkbFMi
I strongly… pic.twitter.com/btzjQYJzE4
MiG flash ban
byu/givemeupvotes-_- inswitch2hacks
O que é o MIG Flash e por que ele está causando problemas?
O MIG Flash é um cartucho flash alternativo que permite aos usuários executarem jogos em formato digital (dumps), normalmente extraídos dos próprios cartuchos físicos do Switch original. Sua popularidade cresceu por facilitar o transporte e backup de jogos sem depender exclusivamente de mídias físicas. Com a retrocompatibilidade do Switch 2, uma atualização recente permitiu que o MIG Flash fosse reconhecido pelo novo console.
Contudo, os relatos indicam que, após conectar o console à internet com o MIG instalado, diversos usuários receberam o código de erro 2124-4508, indicando que o console foi banido da rede Nintendo. Isso afeta o acesso à eShop, ao download de atualizações, jogos multiplayer e outros serviços online. O console ainda funciona normalmente em modo offline, e até o momento continua recebendo atualizações de firmware.
Banimentos mesmo com jogos legítimos
Um dos relatos mais divulgados foi do usuário identificado como SwitchTools, que afirmou ter sido bloqueado mesmo utilizando dumps extraídos diretamente de seus próprios jogos físicos, sem qualquer tipo de pirataria ou modificação de software. O caso chamou a atenção justamente porque demonstra que o simples uso do MIG Flash pode resultar em banimento no Switch 2, mesmo sem violar os termos de uso de forma explícita.
Outros jogadores relataram situações semelhantes, reforçando a hipótese de que o próprio firmware do console está detectando o uso do dispositivo e informando automaticamente os servidores da Nintendo. Há quem diga que o envio de dados ocorre assim que o console se conecta à internet, mesmo que nenhum jogo seja iniciado no momento.
A postura rígida da Nintendo com hardware modificado
A Nintendo sempre foi reconhecida por sua política de tolerância zero em relação ao uso de dispositivos não autorizados, e essa postura continua ainda mais rígida com o Switch 2. Desde os primeiros modelos do Switch original, a empresa adotou medidas como banimento de hardware, bloqueio de contas e até processos judiciais contra empresas que fabricam ou vendem cartuchos alternativos.
No caso atual, apesar do banimento atingir apenas o console, alguns usuários já demonstram preocupação com a possibilidade de futuras penalidades também às contas Nintendo. Até o momento, os perfis vinculados aos consoles afetados seguem ativos, mas a incerteza gera receio entre os usuários mais engajados com a cena de homebrew e modding.
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Comunidade alerta: “Não vale o risco”
Vários membros da comunidade de modding e entusiastas de jogos retrô já se manifestaram: não é seguro usar o MIG Flash no Switch 2 enquanto o console estiver conectado à internet. Mesmo que o objetivo seja fazer backup ou testar soluções alternativas de forma ética e legal, a detecção automatizada parece ser suficiente para acionar os mecanismos de banimento da empresa.
Algumas recomendações surgiram entre os usuários mais experientes, como realizar modificações apenas no Switch original, evitar qualquer tipo de conexão com a internet durante testes com dispositivos externos e aguardar ferramentas mais estáveis e seguras para o novo console. Há ainda quem defenda o uso de modchips, mas sempre com cautela e conhecimento técnico apropriado.
Só pra esclarecer o Nintendo Switch 2 banido pelo uso do MIG FLASH.
— Senhor Linguica (@SenhorLinguica) June 16, 2025
– Usuário usou dumps próprios e não da internet
– Foi usado antes da att 1.2.0 do MIG, que permitiu executar games de NSW1 no NSW2
– Usuário tentou baixar update de algum game
Provavelmente oq levou o banimento… pic.twitter.com/cKETOcxTqW
Um novo console, a mesma rigidez
Lançado no início de junho de 2025, o Nintendo Switch 2 rapidamente ultrapassou a marca de 3,5 milhões de unidades vendidas em apenas quatro dias. Com gráficos melhorados, maior desempenho e retrocompatibilidade com a geração anterior, o novo console mantém a tradição da Nintendo de aliar inovação com forte controle sobre seu ecossistema.
A atual situação envolvendo o MIG Flash mostra que, apesar das inovações, a empresa permanece vigilante quanto ao uso de hardware não oficial, reforçando seu compromisso com a proteção da propriedade intelectual e da experiência online dos jogadores.
Conclusão: O recente banimento no Switch 2 por uso do MIG Flash é um forte alerta para a comunidade. Mesmo que a intenção não seja infringir regras ou piratear jogos, a simples utilização de dispositivos alternativos pode resultar em bloqueios permanentes. A recomendação, por ora, é evitar o uso de acessórios não autorizados no novo console — principalmente se houver qualquer conexão com a internet envolvida.