história de Leon em Resident Evil

A história de Leon em Resident Evil: a trajetória completa até Resident Evil Requiem

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Relembre a história de Leon em Resident Evil, do trauma em Raccoon City até sua confirmação em Resident Evil Requiem, em uma retrospectiva completa e analítica.


Introdução

Com a confirmação oficial de Leon S. Kennedy em Resident Evil Requiem, a Capcom reacende uma das trajetórias mais icônicas da história dos videogames. A história de Leon em Resident Evil não é apenas a evolução de um personagem, mas um retrato da própria transformação da franquia ao longo das décadas. De um policial novato lançado ao inferno em seu primeiro dia de trabalho a um veterano marcado por perdas, conspirações e guerras bioterroristas globais, Leon se tornou o rosto humano de um universo dominado pelo horror.

Esta retrospectiva detalhada revisita cada fase de sua jornada — jogos, filmes animados e aparições canônicas — analisando não apenas os eventos, mas o impacto psicológico e narrativo que moldaram o personagem até sua chegada em Resident Evil Requiem.


Resident Evil 2 – O nascimento de um sobrevivente

Leon S. Kennedy surge em Resident Evil 2 como um jovem policial idealista, chegando atrasado ao seu primeiro dia na delegacia de Raccoon City. O que deveria ser o início de uma carreira promissora se transforma rapidamente em um pesadelo absoluto. A cidade está tomada por mortos-vivos, fruto do vazamento do T-vírus criado pela Umbrella Corporation.

Diferente de protagonistas militares ou agentes treinados, Leon é vulnerável. Seu medo é palpável, suas reações são humanas, e suas decisões muitas vezes são guiadas pela empatia. A parceria com Claire Redfield e o encontro com a jovem Sherry Birkin revelam um traço que o acompanhará por toda a vida: Leon não sobrevive apenas para si mesmo — ele sobrevive para proteger os outros.

O confronto com William Birkin e a destruição de Raccoon City marcam o fim abrupto de sua inocência. Ao sair vivo daquele inferno, Leon já não é mais apenas um policial: ele é um sobrevivente traumatizado, moldado pelo caos.


Entre a queda de Raccoon City e o recrutamento governamental

Pouco explorado diretamente nos jogos, o período entre Resident Evil 2 e Resident Evil 4 é crucial para entender a transformação de Leon. Após os eventos de Raccoon City, o governo dos Estados Unidos reconhece tanto seu potencial quanto o risco de deixá-lo livre demais após testemunhar os crimes da Umbrella.

Leon é coagido a trabalhar como agente especial do governo. Não se trata de uma promoção heroica, mas de uma prisão disfarçada: ou ele coopera, ou as pessoas que ama sofrem as consequências. Esse detalhe adiciona uma camada trágica à sua trajetória — Leon não escolhe o caminho do herói; ele é empurrado para ele.

Esse período é fundamental para compreender o Leon mais frio, sarcástico e contido que surge anos depois.


Resident Evil 4 – O agente moldado pela violência

Em Resident Evil 4, Leon retorna como um agente altamente treinado, encarregado de resgatar Ashley Graham, filha do presidente dos EUA. A mudança é imediata: o jovem assustado deu lugar a um profissional confiante, irônico e letal.

No entanto, por trás das piadas e da postura segura, existe um homem profundamente marcado. A missão na vila europeia dominada por Los Illuminados não é apenas física, mas psicológica. Leon enfrenta controle mental, experimentos biológicos e o peso constante de falhar novamente.

Sua relação com Ada Wong — ambígua, cheia de silêncios e escolhas morais questionáveis — reforça o tom trágico de sua jornada. Ada representa tudo o que Leon não consegue alcançar: liberdade, desapego e ambiguidade moral.

Resident Evil 4 consolida Leon como um dos protagonistas mais carismáticos da franquia, mas também deixa claro que cada vitória cobra um preço emocional.


Degeneration – O eco de Raccoon City

O filme animado Resident Evil: Degeneration mostra Leon anos após RE4, já atuando como agente federal em uma nova crise bioterrorista. Ao lado de Claire Redfield, ele é confrontado diretamente com seu passado.

O filme reforça um ponto essencial: Leon nunca superou Raccoon City. Cada novo surto, cada nova vítima, reabre feridas antigas. A diferença é que agora ele carrega a responsabilidade de impedir que o horror se repita.

Narrativamente, Degeneration reforça Leon como um personagem que vive em constante estado de alerta, incapaz de se desligar do trauma.


Resident Evil 6 – O mundo em colapso

Resident Evil 6 apresenta um Leon mais cansado, mais sombrio e visivelmente desgastado. Agora lidando com ataques bioterroristas em escala global, ele enfrenta não apenas monstros, mas conspirações políticas e escolhas impossíveis.

A morte do presidente — alguém que Leon respeitava profundamente — é um golpe devastador. Forçado a matar um antigo aliado infectado, Leon encara de frente a falência moral do mundo que jurou proteger.

Sua campanha em RE6 é a mais próxima do terror clássico, destacando investigação, culpa e tragédia. Aqui, Leon deixa de ser apenas um agente: ele se torna um homem questionando se ainda vale a pena lutar.


Damnation – Guerra, ideologia e solidão

Em Resident Evil: Damnation, Leon é enviado a um país do Leste Europeu em meio a uma guerra civil alimentada por armas biológicas. O filme aprofunda o lado político da franquia e isola Leon emocionalmente.

Sem Claire, sem apoio governamental claro, ele age como uma peça descartável em um tabuleiro maior. A narrativa reforça a solidão do personagem e sua crescente desilusão com instituições.

Leon luta não por bandeiras, mas por pessoas comuns presas no fogo cruzado.


Vendetta – O limite do cansaço

Resident Evil: Vendetta apresenta talvez o Leon mais amargo de toda a franquia. Alcoólatra, isolado e emocionalmente quebrado, ele é o retrato de um herói que perdeu a fé.

Sua recuperação ao longo do filme não é milagrosa, mas gradual. Ao lado de Chris Redfield e Rebecca Chambers, Leon encontra novamente um propósito — não por acreditar no sistema, mas por se recusar a deixar inocentes morrerem.


Death Island – O veterano definitivo

Em Resident Evil: Death Island, Leon atua ao lado de praticamente todos os protagonistas clássicos da série. Aqui, ele não é mais o centro das atenções, mas uma peça fundamental de um legado maior.

Leon é experiente, estratégico e consciente de seus limites. Ele não busca glória — apenas impedir mais um desastre.

Essa é, até agora, sua última aparição canônica antes de Resident Evil Requiem.


Onde Leon estava antes de Resident Evil Requiem

A confirmação de Leon em Resident Evil Requiem levanta questões narrativas importantes. Após décadas combatendo o bioterrorismo, em que ponto emocional e físico esse personagem se encontra?

Leon não é mais jovem. Cada cicatriz carrega peso. Sua presença em Requiem sugere um papel mais reflexivo, talvez como mentor da nova protagonista Grace, ou talvez como peça-chave em uma ameaça maior.

O diretor já falou que a mecanica de combate semelhante ao resident evil 4 mostra um Leon mais experiente e mais forte.

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