Em uma nova entrevista sobre Resident Evil Requiem, o produtor Masato Kumazawa detalha o retorno a Raccoon City, a protagonista Grace e como o jogo equilibra terror, nostalgia e modernização.
Introdução
Uma nova entrevista Resident Evil Requiem concedida ao site Well-Played trouxe detalhes importantes sobre o próximo capítulo da franquia da Capcom. O produtor Masato Kumazawa comentou sobre o retorno à icônica Raccoon City, a construção da protagonista Grace Ashcroft, o uso de perseguidores, referências a Outbreak e a direção geral do game que chega em fevereiro de 2026. A seguir, organizamos todos os pontos essenciais revelados nesta conversa, explicando o impacto de cada decisão para o futuro da série.
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Contexto da notícia: Por que Resident Evil Requiem retorna a Raccoon City?
Depois de duas entradas principais focadas em ambientes rurais — Resident Evil 7 e Village — a Capcom decidiu levar os jogadores de volta ao coração da franquia: Raccoon City.
Segundo Kumazawa, essa escolha foi motivada pelo desejo de reconectar a história ao “núcleo” da série, trazendo de volta elementos que marcaram profundamente os fãs desde os anos 90.
O produtor explica que, embora a série tenha evoluído e experimentado novos cenários e atmosferas, a ausência de Umbrella e da cidade onde tudo começou criava uma lacuna emocional. Voltar a Raccoon City significa revisitar o trauma, reconstruir a memória histórica da saga e, ao mesmo tempo, usar a cidade como palco para um terror mais claustrofóbico, urbano e imprevisível.
Além disso, Requiem parece ser um ponto de convergência entre passado e presente — algo que a Capcom tem buscado equilibrar desde o boom dos remakes.
Reação da comunidade e o que a entrevista revela sobre mecânicas e personagens
✔ Um novo tipo de perseguidor — menos central, mais equilibrado
Kumazawa reconhece que a mecânica de perseguidores se tornou polêmica ao longo dos últimos Resident Evil. Ele afirma que Requiem contará com esse tipo de ameaça, mas não como elemento principal, evitando frustrações que alguns jogadores tiveram com Mr. X, Nemesis e Lady Dimitrescu.
Em vez disso, o foco será diversidade de situações de terror:
- momentos de stealth,
- tensão psicológica,
- encontros inesperados,
- e ambientes hostis que mudam constantemente.
É um retorno ao terror de sobrevivência clássico, mas sem se apoiar sempre na mesma fórmula.
✔ Grace Ashcroft: uma protagonista mais expressiva que Ethan Winters
Uma das revelações mais importantes da entrevista é o contraste entre Grace e Ethan:
- Ethan foi pensado como um avatar do jogador, com pouca personalidade.
- Grace, ao contrário, é construída para ser um personagem com emoções claras, medos visíveis e reações espontâneas.
Kumazawa explica que a equipe quer que os jogadores se conectem com Grace justamente por ela fazer parte do universo narrativo de forma direta — sendo filha de Alyssa Ashcroft, de Resident Evil Outbreak.
Isso reforça a ideia de que Requiem pretende aprofundar a narrativa e o impacto emocional, e não apenas oferecer horror superficial.
✔ Personagens de Outbreak podem aparecer — mas com cautela
O produtor confirma que alguns personagens antigos estarão presentes, porém ele pede para que os fãs controlem as expectativas.
Nada indica um retorno em massa do elenco de Outbreak, mas sim participações pontuais, coerentes com os eventos da cidade.
Essa postura sugere que a Capcom quer agradar os fãs sem desviar o foco da nova protagonista e da história inédita.
✔ Nada de mercador desta vez
Diferente de RE4 e Village, Resident Evil Requiem não terá um comerciante.
Isso marca uma ruptura clara com a abordagem mais “fantástica” introduzida nos últimos anos, reforçando a intenção de criar um ambiente mais realista e ameaçador.
✔ Música da Safe Room: moderna, mas ainda reconfortante
A entrevista confirma que:
- Haverá música de sala segura
- A trilha será moderna
- O objetivo é trazer sensação de alívio ao jogador
A Capcom mantém essa tradição quase religiosa da franquia, entendendo o quanto essas salas representam descanso e segurança.
✔ Futuro da série: Outbreak pode voltar?
Apesar de Kumazawa afirmar que não há planos atuais para novos jogos no estilo Outbreak, ele deixa a porta aberta:
“Se houver muita demanda dos jogadores, talvez futuramente.”
Essa é a típica resposta que indica que a Capcom observa atentamente o interesse da comunidade. Se Requiem reaquecer o carinho pelos eventos de Raccoon City, um retorno é totalmente possível.
O que isso significa para os jogadores
A entrevista deixa claro que Resident Evil Requiem está sendo tratado como um capítulo de transição — um reencontro com o passado, mas com ambições modernas.
Os jogadores podem esperar:
- Terror urbano clássico, com ambientes densos e ameaçadores
- Protagonista forte e emocionalmente cativante
- Menos perseguição repetitiva
- Conexões pontuais com Outbreak
- Uma identidade musical atualizada, mas familiar
- Ausência de mercador, reforçando o horror mais puro
Além disso, o lançamento simultâneo em PS5, Xbox Series, Switch 2 e PC mostra que a Capcom aposta em alcance global para este título.
Conclusão / Visão geral
Em resumo, a Resident Evil Requiem revela um projeto que busca unir nostalgia e renovação de forma inteligente. O retorno a Raccoon City, a construção profunda de Grace e o cuidado em equilibrar terror e acessibilidade mostram que a Capcom está atenta às críticas do passado e às expectativas do futuro.
Se a promessa se confirmar, Requiem pode se tornar um dos capítulos mais marcantes da franquia — não apenas por revisitar o cenário clássico, mas por reinterpretá-lo com maturidade, emoção e foco narrativo.
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